Olhar alguém, não é só ver, é sentir. Tentar adivinhar os pensamentos, ou apenas contemplar cada pedacinho em que os olhos percorrem. O primeiro passo se dá pelos sentidos, seja olhando, ouvindo, tocando… Quando se sente que algo não será mais o mesmo: pode abrir as portas, o amor vai entrar!
Não sei como as pessoas pararam de enxergar a paixão como um presente. Mesmo na incerteza dos capítulos seguintes, da história ser contínua, ter intervalos ou acabar antes do previsto; se houve respeito, foi importante o suficiente para ser guardado com carinho.
Paixão é leve, pode durar segundos quando os olhos se encontram na rua, ou anos quando nos olhos se enxergam as almas.
Viva os apaixonados que se olham. Quem enxerga paixão na vida e vê tudo como um milagre, tem esperança nas pessoas e na pureza de seus corações. Viva quem vê o amor além dos rótulos. Quem sabe que a liberdade faz os dias leves, e que prender não é amar. Viva aquele que se joga sem medo, mergulha de cabeça no amor. E tudo bem se primeiro precisar ter cautela, afinal, é difícil voltar ao (a)mar depois de ter se afogado.
O importante é recomeçar. Não deixar de lado a vontade de aprender a conhecer o outro, perceber que não é possível saber de tudo, toda história é única e sempre há um ensinamento por trás de cada pessoa e cada contexto.
Que a vida traga a maturidade de não usar armaduras, poder reconhecer a grandeza desse sentimento.
Ter vergonha ou medo de sentir, é se esconder em um casulo. Tome o tempo que achar que precisa, mas um dia você vai sair dele e sentir suas asas. Nesse dia, vai saber:
Nada é maior que o amor.
por Liandra Porto