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Cobra capturada na localidade de Morro Grande, Despraiado – Interior de São Joaquim Foto: Marcos Amaral

Com a chegada da primavera e a ocorrência de temperaturas mais elevadas, aconteceram registros de aparecimento de cobras na região.  Isso ocorre, especialmente, pela maior presença de pessoas no habitat delas e também uma maior circulação da espécie, em busca de comida e de parceiro sexual.

Corpo de Bombeiros capturou uma cobra dentro de uma residência no Bairro Santa Paulina no Final de Semana. O animal foi solto na mata. Foto: Wagner Urbano

Em São Joaquim, já aconteceram alguns acidentes com animais peçonhentos. Em menos de duas semanas, três pessoas foram picadas por cobras na região.  Um caso em Santa Isabel, outro em Urubici e um na localidade da Invernadinha. Todos os acidentes foram com Jararaca. Também ouve registros de acidentes com escorpiões e aranhas nesse período.

Foto: Marcos Amaral

As serpentes peçonhentas encontradas em SC se incluem em 3 gêneros: Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca), Crotalus (cascavel) e Micrurus (coral verdadeira).

Caso esses animais apareçam em locais fechados, a orientação é evitar colocar as mãos neles e se afastar a uma distância segura, porém sempre tentando visualizar para onde o animal se move. Deve-se entrar em contato com o Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar Ambiental.  Matar cobras é crime ambiental.

Como se prevenir

Cobras e serpentes são predadores e presas, responsáveis pelo controle populacional de outros animais (ratos, por exemplo). O veneno é usado para fabricar medicamentos, entre eles o tratamento para picada de serpentes e remédio para pressão alta.

Para se prevenir de um eventual ataque do réptil, o aconselhável é andar de botas ou perneiras, atenção ao colher frutas, atenção redobrada nos locais de mata, campo e brejo, manter predadores naturais, atenção ao mexer em materiais empilhados, usar luvas em colheitas e jardinagem, ficar alerta próximo a rios e lagoas, maior atenção à noite.

Cobra capturada em um pomar de maçãs em São Joaquim. Foto: Grupo Maçã Preço Justo

O que fazer em caso de acidente:

Acalmar a vítima e mantê-la em repouso; lavar a área afetada com água e sabão e mantê-la elevada; levar o acidentado imediatamente para um hospital ou posto de saúde e, se possível, fazer registro fotográfico da cobra causadora do acidente, para que seja feito o tratamento adequado.

O que não fazer:

Não fazer torniquete ou garrote; não colocar substâncias no local da picada (café, fumo, folhas, urina etc), não cortar ou queimar o local da picada; não sugar o veneno; não ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias. Atenção: só o soro cura a picada de cobra.

O soro não é vendido. Ele só pode ser aplicado em hospitais.

Como reconhecer uma serpente peçonhenta?

As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis. Também possuem orifício entre cada olho e a narina (fosseta loreal). Essa fosseta é um órgão sensorial que auxilia as serpentes à captar alterações de temperatura a sua frente. Outras possuem guizo (chocalho) ao final da cauda ou anéis coloridos. Contudo, fique alerta: a serpente coral verdadeira não possui fosseta loreal e seus dentes inoculadores são pouco desenvolvidos e fixos. No estado de Santa Catarina as cobras peçonhentas mais comuns são a Coral verdadeira, Jararaca, Jararacuçu e Cascavel.

 

Coral: apresentam anéis fechados nas cores vermelho, preto/ cinza e branco/ amarelo;

Cascavel: em chocalho na ponta da cauda, além de ter fosseta.

Jararaca e Jararacuçu: tem rabo com cauda lisa além de fosseta