sicred
Unifique

[dropcap]Q[/dropcap]ueimadas destruíram pelo menos metade das plantações estudadas há oito anos no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) de Lages, na Serra catarinense. O fogo também atingiu a estrutura usada no cultivo. Os bombeiros investigam as causas do incêndio, que ocorreu no domingo (25).

As plantações de goiaba serrana, uvaia e amoras que estavam passando por experimentos foram perdidas. “Mudas que foram compradas, hora de professor, investimento em horas de pesquisa, recurso federal, porque isso aqui era um campo de pesquisa também. E é dinheiro nosso, dos nossos impostos, que é colocado aqui”, disse a professora de agroecologia Luciane Costa.

Mais danos

Na estrutura, foram danificados os canos que irrigavam a plantação, palanques e cercas. Os bombeiros suspeitam que o incêndio tenha sido causado por criadores de gado que costumam queimar a vegetação para renovar o pasto.

Queimadas atingem plantações no IFSC de Lages — Foto: Eduarda Demeneck/NSC TV
Queimadas atingem plantações no IFSC de Lages — Foto: Eduarda Demeneck/NSC TV

A área fica a poucos metros do prédio do instituto. “A gente tentou salvar as áreas dos experimentos, tentamos abafar um pouco o fogo para que ela não subisse. Mas o fogo estava muito forte e isso não foi possível. Essa, se eu não me engano, é a terceira ou quarta vez que isso ocorre”, declarou o professor de informática Robson Costa.

Reinício

Agora todo o trabalho feito por professores e alunos do curso de agroecologia vai ter que começar do zero. “Colhemos, em 2017, 70 quilos de amora. Foi muito gratificante esse serviço, muito trabalhoso e hoje se vê a destruição lá, tudo queimado”, lamentou o estagiário Luan Antunes Lima.

Queimadas atingem plantações no IFSC de Lages — Foto: Eduarda Demeneck/NSC TV
Queimadas atingem plantações no IFSC de Lages — Foto: Eduarda Demeneck/NSC TV

Esse fogo também atingiu outra parte do IFSC, uma área de preservação permanente que também era utilizada no ensino. O incêndio quase atingiu as casas que ficam próximas à vegetação. Se não fosse a ação rápida dos bombeiros, o prejuízo poderia ter sido maior.

Agora professores vão pedir uma investigação para tentar descobrir onde o fogo começou. “Eu particularmente estou muito chateada, estou muito triste porque é muito trabalho envolvido. Quem é do campus sabe que não é fácil manter uma área como essa, são bastante horas dedicadas a isso junto com os alunos”, afirmou a professora Luciane Costa.

Veja mais notícias do estado no G1 SC